Nos últimos anos, temos visto uma transformação importante no mercado de trabalho: a busca por mais diversidade e inclusão. Entre essas mudanças, a presença das mulheres em cargos de liderança tem ganhado destaque, ainda que o caminho para a equidade esteja longe de ser concluído.
Mas, afinal, qual é o cenário atual das mulheres em posições de liderança no Brasil? Por que essa representatividade é tão essencial e como as empresas podem fazer parte dessa mudança? É sobre isso que vamos falar neste artigo. Embarque nessa leitura com a gente!
Qual o cenário das mulheres em cargos de liderança no Brasil?
Os números não mentem: ainda temos um longo caminho pela frente quando falamos de equidade de gênero em posições de liderança. Uma pesquisa recente da Diversitera, empresa especializada em diversidade, equidade e inclusão, revelou um contraste significativo na distribuição de cargos por gênero nas empresas brasileiras.
Entre junho de 2022 e fevereiro de 2025, as mulheres ocuparam apenas 35% dos cargos de alta liderança (gerência executiva, diretoria e C-level), enquanto representam 70% das funções operacionais, como recepção e limpeza.
A pesquisa, realizada com 90 mil respondentes em 70 empresas de 17 setores diferentes, também identificou uma diferença salarial de 21% a menos para mulheres que ocupam os mesmos cargos que homens.
Mais preocupante ainda: segundo esse estudo, as mulheres recebem 20% menos promoções que os homens, o que torna claras as barreiras estruturais para a ascensão das mulheres a cargos de liderança.
Mais dados sobre as profissionais mulheres em empresas brasileiras
A falta de equilíbrio entre homens e mulheres no ambiente corporativo também foi evidenciada pelo 2° Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios. Confira alguns dados importantes a seguir:
- A média salarial dos homens é de R$ 4.495,39, enquanto a das mulheres é de R$ 3.565,48 — uma diferença considerável de quase R$ 1.000.
- O cenário é ainda mais desafiador para mulheres negras, que recebem em média R$ 2.745,26, enquanto mulheres não negras têm um rendimento médio de R$ 4.249,71.
- Em 0,2% (85) dos estabelecimentos consultados com 100 ou mais empregados, não havia sequer uma mulher contratada formalmente em 2023.
- Em 53% dos estabelecimentos (26.873), não havia pelo menos 3 mulheres em cargos de gerência ou direção para que os cálculos sobre diferenças salariais pudessem ser realizados.
Essa falta de representação de mulheres em cargos de liderança vai contra os dados de uma pesquisa da FIA Business School, que revelam um paradoxo interessante: as mulheres representam 43% do quadro de funcionários e são consideradas melhores gestoras, além de mais populares e confiáveis.
Alguns dados da pesquisa da FIA que merecem destaque:
- Para 50% dos entrevistados em 2023, as CEOs mulheres têm uma gestão excelente, enquanto CEOs homens receberam a mesma avaliação por 43% dos funcionários.
- 79% dos colaboradores confiam totalmente em CEOs mulheres, contra 72% para CEOs homens.
- As CEOs mulheres são conhecidas por 84% dos seus colaboradores, enquanto CEOs homens são conhecidos por 79% do pessoal.
Esses números mostram que, apesar de as mulheres demonstrarem excelentes habilidades de liderança,sendo avaliadas como mais próximas das equipes, os homens ainda são percebidos como mais conservadores e orientados para resultados.
Vale destacar também que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres superam os homens em nível de instrução:
- 21,3% das mulheres concluem o ensino superior, contra 16,8% dos homens.
- No entanto, a precarização do trabalho feminino é evidente: a taxa de mulheres em trabalho parcial (27,9%) é quase o dobro da de homens (14,25%).
Qual a importância da mulher em cargos de liderança?
A presença de mulheres em cargos de liderança vai muito além da simples busca por equidade — é uma estratégia que traz resultados concretos para as organizações. Estudos da McKinsey & Company mostram que empresas com maior diversidade de gênero têm 25% mais chances de alcançar rentabilidade acima da média do mercado.
Mas por que isso acontece? As mulheres, além de suas competências técnicas, trazem perspectivas diferentes, habilidades de gestão mais empáticas e uma visão colaborativa, fatores essenciais para um ambiente de trabalho saudável e eficiente.
Além disso, valorizar a liderança feminina contribui para melhorar a imagem da empresa no mercado, tornando-a mais atrativa para talentos e clientes que buscam se relacionar com marcas comprometidas com a diversidade.
Como incentivar a participação das mulheres em cargos de liderança?
Sua empresa está pronta para embarcar na mudança e incentivar a participação das mulheres em cargos de liderança? Isso exige práticas contínuas e planejamento, incluindo estratégias como:
- Estabelecer políticas de diversidade e inclusão, com metas claras de representatividade.
- Promover programas de mentoria e capacitação voltados para o desenvolvimento de lideranças femininas.
- Oferecer benefícios que auxiliem na conciliação entre vida pessoal e profissional, como horários flexíveis e licenças estendidas.
- Garantir transparência nos critérios de promoção e remuneração.
- Estimular a participação feminina em decisões estratégicas, dando espaço para suas vozes serem ouvidas.
A Murbi já faz parte dessa mudança
Na Murbi, acreditamos que a diversidade é um dos principais pilares para o crescimento e inovação. E temos orgulho de ter uma mulher à frente da nossa empresa. Luciana Mascarini Gomes, nossa CEO, é um exemplo inspirador de liderança feminina, trazendo uma gestão humanizada, visionária e comprometida com a transformação do mercado.
Sob a liderança da Luciana, a Murbi tem promovido um ambiente de trabalho que valoriza a equidade, o respeito e o desenvolvimento profissional de todos os colaboradores — independentemente de gênero. Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer, mas estamos comprometidos em fazer parte dessa mudança.
E você, está pronto para transformar a realidade da sua empresa? Comece incentivando a participação das mulheres em cargos de liderança e colha os benefícios de um ambiente mais diverso, inovador e produtivo.
